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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Florianópolis cai no ranking de tratamento de esgoto



ONG aponta que de 56%, em 2007, tratamento caiu para 40%, em 2008

Nanda Gobbi- DC | nanda.gobbi@diario.com.br
Mais uma pesquisa aponta que a capital catarinense está mal quando assunto é a coleta e o tratamento de esgoto. O estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, em 81 cidades brasileiras, aponta que Florianópolis está na 30ª posição no ranking de saneamento do país.

O panorama é ainda mais preocupante se comparado ao diagnóstico apresentado pela Associação FloripAmanhã. O estudo aponta que quase metade dos efluentes despejados no mar, rios e no solo estão fora dos padrões legais.

Apesar de não constar na lista das 10 piores cidades, nem entre as 10 melhores cidades, a pesquisa do Instituto Trata Brasil indica que em Florianópolis houve redução no tratamento de esgoto. Em dados divulgados em 2007, a Capital declarou tratar 56% do esgoto e, em 2008, apenas 40%.

O superintendente regional metropolitano da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), Carlos Alberto Coutinho, admite piora no sistema de coleta e tratamento nos últimos anos.

Segundo ele, atualmente, apenas metade da população de Florianópolis conta com o serviço. A previsão é ampliar o atendimento para 75% dos moradores até o final de 2012.

— Em sua maioria, as estações atendem a legislação vigente para a emissão de efluente e cumprem as exigências das licenças ambientais. Mas temos estações que foram repassadas e projetadas para atender outras demandas de qualidade. Algumas, como é o caso da Vila Cachoeira, já foram desativadas porque eram deficientes — justifica.

A base de dados consultada para a elaboração do ranking, realizada nas cidades com mais de 300 mil habitantes, foi extraída do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgado pelo Ministério das Cidades, e que reúne informações dos serviços de água e esgoto fornecidas pelas empresas prestadoras dos serviços, entre 2003 e 2008.
Saneamento em análise
O promotor de Justiça Rui Arno Richter, da Coordenadoria de Meio Ambiente de Florianópolis, destaca que a elaboração do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico está em fase final. A previsão é que em junho sejam organizadas audiências públicas sobre os serviços na Capital.

— Esta é uma peça jurídica básica para tratar o assunto de forma organizada — avalia Richter.

Segundo Otávio Ferrari, vice-presidente do Associação FloripaAmanhã e representante do Conselho de Engenharia e Arquitetura (Crea) no Conselho Municipal que trabalha na elaboração do Plano, cerca de 47,37% das análises de efluentes das estações de tratamento de esgoto em Florianópolis apresentam resultados fora dos padrões legais.

— Em quase metade das análises realizadas entre 2002 e 2008, o líquido resultante do tratamento é devolvido ao meio ambiente sem a qualidade adequada. A partir de 2007 aumentou o número de resultados das análises fora dos padrões.

Opinião: Castigos físicos mostram descontrole dos pais diante dos filhos



Por Ana Cássia Maturano-Especial para o G1, em São Paulo.

Em outras situações, como no trabalho e no trânsito, ninguém dá sopapos.
Pais usam a força pela relação de poder que existe entre eles e as crianças.


Algo tão ou mais antigo que a Bíblia, que parece não mudar nunca, é o fato das pessoas usarem de punições físicas para educar suas crianças. O próprio livro sagrado preconiza isso. Por mais que se demonstrem através de várias pesquisas (que não são poucas) os danos que essa prática traz, ela ainda não foi abandonada.
A revista Época da semana passada publicou dados de estudos recentes realizados nos Estados Unidos (país em que grande parte dos pais castiga os filhos fisicamente) sobre o assunto. De acordo com eles, crianças agredidas quando pequenas têm maior propensão de se tornarem agressivas e de terem déficits cognitivos.
Não houve grandes novidades, apenas comprovaram resultados de outras pesquisas. Mas apesar do que se tem mostrado sobre bater em crianças, essa prática continua e é defendida por muitas pessoas. Como os internautas de Época que, na sua maioria, apóiam esses castigos.
Essa conduta para com as crianças está tão enraizada em nossa cultura que as pessoas, mesmo num primeiro momento sendo contra, acabam por considerar que dependendo da situação e da forma como se faz, um tapa é permitido, por exemplo, diante da falta de limites dos menores.
Frustração
Usar de castigos físicos mostra o descontrole dos pais diante das frustrações com os filhos, que não são como eles querem, e a impossibilidade de agir de outra maneira. E não é que dá resultado? Porém ele é momentâneo, não contribuindo para que os pequenos amadureçam em suas condutas.
Até porque, o exemplo que estão tendo no momento é que o jeito de lidar com as frustrações é através da expressão física e concreta da agressividade. Ou seja, não se pensa sobre. É uma ação num nível mais primário. Impede-se que os filhos desenvolvam outras formas de agir em situações que lhes causem desconforto. Não à toa, crianças que sofrem de punição física além de serem mais agressivas, costumam apresentar comportamentos antissociais.
E não devemos nos esquecer que os pais são modelos seguidos pelas crianças, principalmente quando são bem pequenos. A ação deles tem mais força que as palavras. De que adianta um pai defender para os filhos não baterem nas pessoas se seu próprio comportamento o trai?
Ora, às vezes as crianças irritam mesmo e surge a vontade de dar umas palmadas. Isso acontece em outras situações: no trabalho, no trânsito, numa loja... Mas ninguém sai por aí dando sopapos. O melhor quando se sente que o descontrole está surgindo é sair de perto e num outro momento lidar com a situação.
Com os filhos, penso que a agressão física acontece devido à relação de poder que se estabelece. Os pais são maiores, os filhos dependem deles e temem muito perdê-los.
Mais que apanhar, eles precisam da nossa ajuda inclusive para aprender a lidar com sua raiva, frustração, agressividade e medos. Coisas que vão sendo construídas sem a necessidade de que um dos lados use de força física.
Assim, quem sabe, pode-se diminuir a agressividade que anda solta por aí.
(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)


Ana Cássia Maturano- Especial para o G1, em São Paulo

Novidades sobre a coluna: Dor no Nervo Ciático

Descrição e Diagnóstico

A Dor no Nervo Ciático é uma Doença ou um Sintoma?

A expressão dor no nervo ciático é comumente usada para descrever uma dor que se propaga ao longo do nervo ciático. A dor no nervo ciático é um sintoma causado por uma doença que ocorre na coluna lombar. O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano, tendo o diâmetro aproximado de um dedo. 

As fibras do nervo ciático iniciam na 4ª e na 5ª vértebras lombares (L4, L5) e nos primeiros e escassos segmentos do sacro. O nervo passa através do forâmen ciático, logo abaixo do músculo Piriforme (rotação lateral da coxa), passa pela extensão posterior do quadril e parte inferior do Gluteus Maximus (músculo das nádegas, extensão na coxa). A seguir, o nervo ciático se estende verticalmente para baixo pela parte posterior da coxa, atrás do joelho, ramificando-se nos músculos dos tendões (panturrilha), seguindo para baixo até os pés.


Sintomas da Dor no Nervo Ciático

A dor no nervo ciático geralmente afeta um lado do corpo. A dor pode ser sutil, aguda, como uma queimação ou acompanhada por choques intermitentes de dor aguda, começando nas nádegas e se prolongando para baixo por trás ou pelo lado da coxa e/ou perna. A dor no nervo ciático se estende até abaixo do joelho e pode ser sentida nos pés. Algumas vezes, os sintomas incluem torpor e dormência. Sentar ou tentar se levantar pode ser doloroso e difícil. Tossir e espirrar pode intensificar a dor.

A Causa: Compressão do Nervo

A compressão do nervo ciático pode causar qualquer um dos sintomas citados acima. A lesão no nervo raramente é permanente e a paralisia representa um risco raro, já que a medula espinal termina antes da primeira vértebra lombar. Porém, um aumento na fraqueza do tronco ou perna, ou incontinência da bexiga e/ou intestinos é uma indicação de Síndrome de Cauda Eqüina, uma doença séria que requer tratamento de emergência. 

As doenças da coluna lombar que costumam causar compressão do nervo ciático incluem:
 
• Hérnia de Disco, a causa mais comum de dor no nervo ciático na coluna lombar.
• Doença Degenerativa de Disco, um processo biológico natural associado ao envelhecimento, costuma causar fraqueza ao disco, podendo ser o precursor de uma hérnia de disco.
• Estenose da Coluna Lombar, um estreitamento de uma ou mais passagens neurais, devido à degeneração do disco e/ou artrite nas facetas. O nervo ciático pode sofrer pressão como resultado dessas mudanças.
• A Espondilolistese do Istmo resulta de uma fratura por pressão, geralmente na 5ª vértebra lombar (L5). A fratura, combinada com o colapso do espaço discal, pode fazer com que a vértebra escorregue para frente em direção ao primeiro segmento da região do sacro (S1). O deslizamento pode causar um pinçamento da raiz do nervo em L5 ao sair da coluna.
 

Tumores da Coluna e Infecções são outras doenças que podem comprimir o nervo ciático, mas são raros.
 

Há outras condições que podem ocorrer, podendo parecer com uma dor do nervo ciático, mas são difíceis de diagnosticar.


Diagnóstico da Dor do Nervo Ciático

O exame médico inclui o histórico médico do paciente, uma revisão dos medicamentos atuais, um exame físico e neurológico e, se garantido, raios-x, tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética. Um diagnóstico apropriado requer uma análise da dor do paciente. Geralmente, é fornecido ao paciente um Diagrama da Dor para ilustrar a sensação e distribuição da dor (por ex., dormência e queimação). 

As perguntas do médico podem incluir:
 
• "Como a dor começou?"
• "Numa escala de
1 a 10, sendo que 10 representa a pior dor que se possa imaginar, classifique a sua dor."
• "A dor piora se você sobe ou desce uma ladeira?"
• "Como a dor afeta suas atividades diárias?"
• "Que tipo de tratamento foi tentado e o que surtiu algum efeito?"
 

Observa-se a extensão do movimento do paciente. Testa-se os reflexos e a força muscular. O médico pode usar um ou mais testes de movimento para determinar a fonte ou causa da dor.

 

Nervo ciático: Tratamento e Recuperação

Tratamento Não-Cirúrgico 

A dor no nervo ciático geralmente responde bem a formas não operativas de tratamento e dificilmente há indicação cirúrgica como primeira forma de tratamento. Tempo, medicamentos antiinflamatórios não-esteróides (AINES), uso em curto prazo de medicamentos narcóticos para dor aguda, injeções lombares e fisioterapia são benéficos.
 

Embora seja recomendado repouso na cama por um prazo curto durante a fase aguda, é bom realizar alguma atividade. Nesse contexto, "atividade" é definida como permanecer em pé por períodos de tempo que não causem dor muito forte. A prescrição de exercícios poderá incluir alongamento, caminhada e exercícios aeróbicos.
 

Cirurgia de nervo ciático
 

A cirurgia não é recomendada para todos os pacientes. Porém, em algumas situações, a cirurgia pode ser indicada. Pacientes que seguiram as orientações de um tratamento não-cirúrgico durante quatro a seis semanas sem alívio, certamente necessitam ser reavaliados por seu médico. Se um exame de ressonância magnética revelar hérnia de disco ou estenose da coluna vertebral, uma cirurgia poderá promover alívio para a dor nas pernas. O tipo de procedimento cirúrgico depende, em parte, da condição e do diagnóstico do paciente.
 



Recuperação

Se o tratamento para a dor no nervo ciático for não-operativo ou se for cirúrgico, sempre é bom seguir as instruções dadas pelo médico e/ou fisiatra.
 

Procure aliviar a tensão mecânica desnecessária da coluna. Por exemplo, ao ficar em pé, descanse um pé sobre um banquinho alternando com a outra perna. Ao dirigir, coloque um travesseiro pequeno ou uma toalha enrolada nas costas para manter a curvatura natural da coluna. Na hora de ir para a cama, deite de costas com um travesseiro sob os joelhos ou entre as pernas se dormir de lado.
 

Procure se alimentar de modo saudável, procurando manter seu peso ideal e evite fumar. Este estilo de vida faz toda a diferença para a saúde da coluna.

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